Monday, 29 February 2016

Bikemagazine conferiu: percurso do ciclismo de estrada Rio 2016

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No percurso do belo e duríssimo percurso olímpico dos Jogos Rio 2016

No belo e duríssimo percurso olímpico dos Jogos Rio 2016

Do Bikemagazine
Texto e fotos de Marcos Adami

Não há dúvidas de que a prova de estrada dos Jogos Rio 2016 de Janeiro será num dos mais belos percursos da história das Olimpíadas. Além da beleza, o duríssimo trajeto de 256,4km com 5.184 metros de ascensão revela regiões da cidade desconhecida por muitos cariocas.

O Bikemagazine percorreu o trajeto com Iza Zanini, triatleta catarinense radicada no Rio de Janeiro há 16 anos. Em muitos trechos o asfalto já está reformado, em outros precisa de reparos importantes e há obras em andamento em vários locais.

A orla fluminense revela suas belezas

A orla fluminense revela suas belezas

Vista Chinesa, na Floresta da Tijuca

Vista Chinesa, na Floresta da Tijuca

A maravilhosa orla e o visual das montanhas cariocas é só um dos atrativos. O pelotão terá o privilégio de passar por praias quase desertas (e até uma discreta praia de nudismo em Abricó), estradinhas sinuosas em florestas fechadas e vários mirantes. Um outro Rio de Janeiro rural, a mais de 50km das badaladas praias da Zona Sul, também é revelado, com sítios e casas e condomínios de luxo.

Um dos trechos que surpreende pela beleza inusitada é dentro dos limites do Parque Nacional da Tijuca, com direito a muita sombra e até uma cachoeira. A Vista Chinesa, na descida de volta para os bairros para a Zona Sul e seu visual de cartão-postal, comprova o título de “Cidade Maravilhosa”.

Serão 4 voltas no circuito de Grumari e 3 voltas no circuito da Vista Chinesa A última volta não é completa, uma vez que o pelotão segue na direção de Ipanema. Mas a subida e descida serão feitas 3 vezes.

POUCOS TERMINAM
Mas uma prova olímpica não é feita para agradar os olhos. O trajeto foi considerado desumano por muitos atletas e chefes de equipe. Atletas do pelotão Pro Tour que fizeram o reconhecimento foram unânimes ao afirmar que a prova será brutal.

Apesar do ponto mais alto do percurso ficar abaixo dos 500 metros sobre o nível do mar (485 para ser exato), no alto da Floresta da Tijuca, o trajeto é considerado tão duro quanto muitas etapas de montanha das grandes voltas. Não só pelas longas escaladas e rampas íngremes que em alguns pontos passam fácil dos 20%, mas também pelas descidas extremamente técnicas, muito sinuosas e igualmente muito inclinadas e com cotovelos fechados em muitos trechos.

Há quem diga que menos de um terço do pelotão vai completar a prova. O circuito terá dois pontos de corte, um no início da subida de Grumari e o outro no início da estrada de Canoas, antes da serra que leva ao alto da Floresta da Tijuca.

Bikemagazine percorreu o circuito com a triatleta Iza Zanini

A triatleta Iza Zanini no alto da primeira subida com 13% de inclinação máxima

DETALHES DO PERCURSO
Como é de praxe nas Olimpíadas, a prova de estrada será logo na manhã seguinte à cerimônia de abertura no Maracanã, no dia 6 de agosto, com largada e chegada no Forte de Copacabana. O pelotão seguirá pela Avenida Niemeyer, numa leve subida, e segue sempre pela praia, passando pela Estrada da Gávea, e chega na Barra da Tijuca, onde segue pela Praia da Reserva na Avenida Lúcio Costa, entra na Estrada do Pontal, cruza o Canal de Semanbetiba e vira à esquerda para enfrentar a primeira subida de 1,2km em direção à Prainha, com pendência média de 7% e trechos de até 13%.

Trecho na reserva de Grumari

Um dos belos trechos na Praia de Grumari

Detalhe dos paralelepípedos

Detalhe dos paralelepípedos a la Roubaix

Depois de passar pela praia de naturismo do Abricó, o pelotão desce uma serrinha sinuosa para a Praia de Grumari e o piso muda abruptamente de asfalto liso para paralelepípedos, numa extensão de 2km. Pneus furados, rodas e raios quebrados certamente vão eliminar alguns atletas e dar muito trabalho aos mecânicos e ao serviço de apoio neutro da Shimano, que vai trazer pessoal da Europa para reforçar a equipe. Os pavés são desnivelados, pontiagudos e irregulares, tal e qual em Roubaix.

Escalada no percurso no trecho Prainha-Grumari

Escalada no percurso no trecho Prainha-Grumari

Depois do trecho de pavés, o pelotão escala a Serra do Cabrito até o Mirante do Grumari, com pendência média de 7% e máxima de 14% e asfalto. A descida – já com piso reformado – em direção à Avenida Burle Marx, em Guaratiba, é bem sinuosa e os mais ousados vão levar vantagem. A paisagem muda totalmente, de oceânica para rural, com bairros e casas menos imponentes e o asfalto ainda precisa de recapeamento.

Na Serra da Gruta Funda o asfalto já está renovado e o pelotão terá pela frente gradientes de até 8%. Depois desse trecho, misto de rural e urbano, com sítios e casas e condomínios luxuosos, o pelotão segue pela Estrada do Pontal, em direção à praia.

A prova de contrarrelógio, no dia 10 de agosto, vai largar da Praça Tim Maia, na Praia do Pontal, e a rampa de largada deverá ser montada sobre a “Rosa dos Ventos”. A prova dos homens vai dar duas voltas no percurso 29,8km de Grumari e a prova feminina uma volta.

Subidas

Cenários entre o rural e o urbano no percurso olímpico do Rio de Janeiro

Trecho na Floresta da Tijuca

Trecho na Floresta da Tijuca

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O belo cenário na Vista Chinesa

ESCALADA NA FLORESTA
Novamente pela praia – em terreno plano e possivelmente exposto a vento contra – o pelotão segue em direção ao duro circuito na Floresta da Tijuca, com uma escalada total de 9 quilômetros e pendências de até 14%. O trajeto sobe pela Estrada do Joá – com trechos de 13% e piso de cimento em bom estado – passa pelo mirante de mesmo nome e despenca numa descida rápida e sinuosa, com 10% de inclinação. Depois de uma rotatória, o pelotão vira à esquerda na estrada conhecida como Canoas.

Nesse ponto, os sobreviventes terão pela frente um longo subidão  de 4km com até 15% de inclinação. Depois de uma cotovelo para a direita, o circuito prossegue em bom asfalto pela estrada no Parque Nacional da Floresta da Tijuca, em direção à Vista Chinesa, a 464 metros sobre o nível do mar. A descida, conhecida como “Carrasqueira”, tem 6km é e bem sinuosa. Depois de passar pelo Jardim Botânico, Hipódromo da Gávea e Leblon, o pelotão abre novamente outras duas voltas.

Fazer um prognóstico acertado de provas olímpicas é sempre impossível e esse ano mais ainda. Peter Sagan, o atual campeão mundial, e outros tantos ciclistas de renome como Nibali, Froome, Thibaut Pinaut, que andaram no circuito, avaliaram que o vencedor será um escalador puro. O ouro será suado. Terminar a prova mais ainda.

*Agradecimento especial a Luiza Zanini, a Iza, que nos recebeu com muito carinho, gentileza e paciência

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