O setor automotivo como um todo chegou ao preocupante índice de 64% de ociosidade em janeiro e fevereiro. Nos veículos leves, o percentual de ocupação das linhas de produção chegou a 62%, enquanto nos pesados alcançou 81% de inatividade.
Com números tão baixos de ocupação das fábricas, a Anfavea prevê que 2016 terá produção em torno de 2,44 milhões, já incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Para Sérgio Habib, presidente do Grupo SHC, o mercado deve absorver somente 1,8 milhão de carros esse ano.
Para as montadoras, a ociosidade nas fábricas em 2016 ficará em torno de 52%. Ou seja, mais da metade da capacidade instalada não será utilizada. Diante desse panorama, o quadro de funcionários deverá ser enxuto cada vez mais, a fim de adaptar a produção à demanda. A Ford, por exemplo, já desligou 1,1 mil em Camaçari/BA.
Quanto às novas fábricas, a Mercedes-Benz deve começar a operar em março com uma unidade de 20.000 veículos/ano em Iracemápolis/SP, enquanto próximo dela, a Honda mantém sua nova planta Itirapina fechada.
A Toyota preparou Sorocaba para fazer o Corolla, mas decidiu esperar a situação do mercado melhorar para expandir a produção do sedã. A Jaguar Land Rover deve também iniciar as operações no Brasil ainda no primeiro semestre.
A planta das marcas inglesas fica em Itatiaia/RJ e fará os modelos Evoque e Discovery Sport. Estes investimentos citados foram programados e iniciados quando o mercado estava em alta e não refletem exatamente a situação atual da economia.
[Fonte: Anfavea]
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